ATIVIDADES
Como mencionado para os investimentos, podemos distinguir dois tipos de atividades: coletivas e individuais, pelas quais os investimentos serão, da mesma forma, coletivos ou individuais.
As potencialidades do lugar, quer seja da propriedade, devido ao tamanho e suas características, quer seja da própria região, de acesso muito fácil, permitem considerar uma ampla variedade de atividades que podem ser empreendidas em comum ou de acordo com os anseios e a experiência de cada um dos coproprietários, e é justamente o que faz o interesse desse projeto.
Vou detalhar aqui algumas delas, já mencionadas, para dar um esclarecimento nesse ponto-chave do projeto, haja vista que é este que favorecerá a geração de renda, seja para a empresa, seja para aquelas e aqueles que as desenvolverão.
Atividades individuais
Falar-se-á em atividade individual desde que se tratar de uma atividade desenvolvida individual ou pessoalmente, seja no âmbito de uma estrutura coletiva (utilizar um prédio comunitário para servir refeições ou organizar um curso enquanto atividade remunerada) ou numa estrutura própria de quem organiza a atividade (sua casa, por exemplo).
Atividades coletivas
As atividades coletivas são aquelas que serão empreendidas coletivamente, podendo ser lucrativas (construir e alugar chalés, estruturas de recepção e hospedagem, por exemplo) ou não, como a produção de frutas e verduras ou a pequena criação, embora seja possível comercializar os excedentes a partir de certo volume de produção.
Atividades turísticas e ecoturísticas
Notemos, principalmente, a alimentação e a hospedagem, que podem ser desenvolvidas de forma coletiva, tanto na estrutura como nos serviços. Pode-se imaginar uma hospedagem convivial, utilizando a estrutura comunitária, ou chalés individuais, conforme o adiantamento das estruturas disponíveis e a disponibilidade humana. O conceito seria de hotel-fazenda, de turismo ‘rural’, ou poderia incluir-se no desenvolvimento de outras atividades (cursos, oficinas, seminários, etc.).
Porém, também tem o conjunto da propriedade, na qual podem ser operacionalizadas trilhas para passeio, descoberta do ecossistema florestal, da botânica local ou simples caminhadas saudáveis. Os 30 hectares de floresta oferecem múltiplas possibilidades.
Atividades educativas, recreativas e esportivas
Citemos, aqui, diversas oficinas: compostagem, cultivo orgânico de hortaliças, botânica, ou ainda culinária, preparo de alimentos produzidos localmente. Citemos também atividades de educação ambiental que poderiam utilizar todos os suportes existentes: floresta, tratamento de água, agricultura orgânica, gerenciamento dos resíduos, etc.
Atividades mais esportivas também são possíveis, como por exemplo o arvorismo, ou ainda trilhas para bikes ou cavalos.
Atividades agrícolas
Já mencionadas, essas atividades seriam a produção de frutas e legumes para o consumo dos moradores da ecovila, sejam eles coproprietários ou hospedes temporários, atividade incluindo a pequena criação (galinhas, a princípio).
Essas atividades agrícolas incluem também a compostagem e, portanto, o tratamento dos resíduos vegetais, bem como a produção de plantas (viveiro de mudas) para compor os jardins da propriedade.
Atividades culturais, espirituais ou conviviais
Em função dos desejos ou das sensibilidades das pessoas que ingressarão o conjunto dos coproprietários, é possível considerar, por exemplo, a criação espaços de meditação, de ioga, ou outras práticas voltadas para o bem-estar do ser humano. É também possível organizar palestras sobre os projetos em desenvolvimento na propriedade, sobre ecologia em geral, ou ainda saraus literários ou musicais.
As possibilidades são muitas e apenas dependem das pessoas implicadas. As estruturas físicas estando presentes, é sempre possível organizar diversos tipos de atividades. Em se tratando de atividades conviviais, essas atividades podem ser concebidas e organizadas coletivamente.
Um projeto de grande porte poderia ser considerado coletivamente, em função, talvez, das afinidades e conhecimentos dos coproprietários, é a residência de artistas. Escritores, pintores ou músicos certamente seriam inspirados em um ambiente dessa qualidade e ricos encontros poderiam ocorrer nessa perspectiva.
Já existe, no exterior, locais que oferecem a associação de trabalho (work) e férias (vacation), atividade denominada de "workation".